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Etarismo: entenda o que é e como combatê-lo nas empresas
O etarismo surgiu, que nada mais é do que a discriminação de um profissional com base em estereotipos de idade, que nada mais tem a ver com a realidade.
Com as mudanças no mercado de trabalho vividas nas últimas décadas, os profissionais estão se aposentando cada vez mais tarde e disputando vagas de emprego com novas gerações.
Com esse cenário, o etarismo surgiu, que nada mais é do que a discriminação de um profissional com base em estereotipos de idade, que nada mais tem a ver com a realidade.
Normalmente, o termo é mais empregado aos profissionais mais velhos, mas os jovens também estão sentindo na pele essa situação pois estão cada vez mais cedo entrando no mercado e, muitas vezes, são considerados bem qualificados para a pouca idade.
O etarismo tem relação com um choque de gerações e o preconceito que existe em ambos os lados da linha do tempo: dos mais jovens às pessoas com mais idade e experiência.
O etarismo na prática
A escritora e palestrante, Cris Pàz, explicou durante participação ao Robert Half Talks, podcast promovido pela empresa de consultoria Robert Half, que a definição se resume a um “preconceito com relação à idade” e também aponta outros termos associados ao problema: “idadismo ou ageísmo”.
Independentemente do termo usado, o etarismo se reflete fortemente no mercado de trabalho quando a idade se mostra como um impeditivo para que um candidato seja considerado para uma vaga, por exemplo.
Pàz também reflete que “o mercado que rotulou isso”, e que existem dois mitos que devem ser urgentemente derrubados:
- O de que envelhecer também amadurece as pessoas;
- O de que envelhecer significa desatualização de conhecimento.
Em um país onde, atualmente, quase 15% da população tem mais de 60 anos, a discussão se faz cada vez mais necessária.
A coordenadora de relações públicas da Robert Half, Patrícia Alves, e a diretora de mercado da empresa, Ana Carla Guimarães, afirmaram durante o bate-papo que veem o RH como um elemento central para definir cargos e salários e analisar as características para o preenchimento de uma oportunidade, independentemente da sua faixa etária e outras características pessoais que não refletem, direta ou indiretamente, na sua capacidade para ocupar vagas que têm recebido um olhar restrito do mercado de trabalho.
Como o etarismo se revela no ambiente corporativo?
Durante o podcast, as participantes explicaram que o etarismo pode acontecer com jovens de 50 ou 60+. Em ambas as situações, o problema se instaura e deve ser combatido. Principalmente, porque ele pode aparecer em discretas situações ou em casos mais aparentes. Alguns exemplos:
- Presumir que uma pessoa não tem mais interesse/capacidade em aprender algo novo porque é mais velha do que outros profissionais;
- Usar a idade como um filtro restritivo para um processo seletivo;
- Baixa quantidade de promoções para pessoas com idade avançada;
- Demissões de colaboradores quando atingem certa idade.
Essa exclusão só divide mais o mercado e quem tem a perder são, verdadeiramente, as empresas. E, claro, as pessoas excluídas da competitividade do mercado por causa de suposições infundadas.
Como combater o etarismo?
Mais inclusão, por favor. Essa é a principal solução — embora não seja suficiente, segundo as participantes do podcast.
Segundo as especialistas, também é necessário ter empatia e comprometimento para combater todas as formas de etarismo, mesmo quando as empresas começam a incluir profissionais de todas as idades no seu quadro de colaboradores.
Trata-se de um esforço coletivo, portanto, e que deve ser continuamente desmistificado e combatido para que velhos preconceitos não criem raízes em um momento de múltiplas gerações dividindo o mesmo espaço dentro das empresas.
E esse assunto é tão amplo e diversificado quanto complexo, mas sob a ótica de Cris Pàz, Patrícia Alves e Ana Carla Guimarães, o etarismo se mostra como um obstáculo que pode ser removido das jornadas de trabalho.