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Quatro dias de glória, TikTok banido e VA popular
O home office segue em pauta e com ele os benefícios e as polêmicas que o envolvem.
Bem me quer, mal me quer. O home office segue em pauta e com ele os benefícios e as polêmicas que o envolvem. Enquanto no Brasil as vagas remotas não apenas estão em alta, como também pagam bem, nos Estados Unidos – e não só lá – há muitos comerciantes incomodados com a dinâmica de trabalho a distância que as empresas estabeleceram. Só sei que, enquanto isso, a semana de quatro dias de trabalho segue demonstrando o seu valor. Será que ela é uma realidade próxima?
Preparem uma refeição e o coração e vamos para o GiroRH de hoje:
Cultura de aprendizagem
Desenvolver uma cultura de aprendizagem sólida é um fator determinante para que projetos de educação corporativa tenham resultados positivos. Uma iniciativa educacional não pode ser encarada como algo somente pontual, mas como uma estratégia que necessita permear toda a organização e estar presente em todos os setores – e hierarquias – da empresa.
Mas quais são os elementos necessários para construir uma cultura de aprendizagem que, de fato, faça a diferença? É sobre isso que Bruno Falcão e Ana Cataldi, sócios da SOU Educação, vão falar no próximo EncontRHo. Marcado para o dia 16 de março, às 17h, o evento é online e gratuito. As inscrições devem ser feitas por aqui.
Distância lucrativa
Segundo um levantamento realizado pela Deel, empresa de contratações globais, em 2022 o Brasil foi o terceiro país com maior aumento salarial para oportunidades de trabalho remotas. O estudo, que mapeou dados de mais de 260 mil contratos em 160 países, identificou aumento de 15% na remuneração das vagas remotas. Somente Filipinas (37%) e Índia (17%) estão à frente no ranking.
Outro ponto de destaque do Brasil no relatório foi a contratação global de colaboradores. Os profissionais brasileiros são os mais buscados ao lado dos argentinos e dos colombianos. Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, México e Austrália foram as nações que, no ano passado, mais reforçaram suas companhias com talentos brasileiros.
Economia para uns, prejuízo para outros
De acordo com um relatório conduzido por pesquisadores das universidades de Stanford, de Chicago e do Instituto Tecnológico Autônomo do México, o trabalho a distância pode ser o responsável pelo fechamento de comércios.
Com o maior tempo em casa – e, consequentemente, menor circulação –, os trabalhadores economizam anualmente cerca de US$ 4.661 (hoje, R$ 24 mil) em cidades mais caras, como Nova York. Por mais que as finanças pessoais só tenham a agradecer, o movimento trouxe prejuízo aos comerciantes, uma vez que os profissionais deixam de gastar próximo ao trabalho.
Girl power
Nos últimos meses, mais de 400 empresas realizaram demissões em massa. No total, segundo informações do site Layoffs.fyi, até então mais de 110 mil profissionais perderam seus respectivos empregos.
Com o objetivo de ajudar as mulheres demitidas nessa onda de desligamento, a startup Se Candidate, Mulher! e o projeto Layoffs Brasil se uniram para oferecer capacitação ao público feminino que busca recolocação no mercado. As inscrições podem ser feitas gratuitamente por aqui.
Menos dias, menos Burnout
Os argumentos positivos para a experimentação da semana de quatro dias no mercado de trabalho não param de surgir. Segundo um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Cambridge e do Boston College (EUA), com 2,9 mil profissionais de 61 empresas britânicas, a redução da carga horária para 32 horas semanais diminuiu em 71% as queixas relacionadas à Síndrome de Burnout. De quebra, a jornada menor não apresentou impacto negativo à produtividade.
Além da queda dos índices de esgotamento, 54% dos trabalhadores avaliados afirmaram ter menos emoções negativas, enquanto 39% manifestaram estar menos estressados do que na rotina normal de trabalho.
Não é só um benefício
Três vezes maior: esse foi o salto do Gympass do período pré-pandêmico para os dias de hoje. A pandemia, iniciada em 2020, resultou no fechamento de todas as academias do Brasil por alguns meses. Com isso, a empresa precisou se reinventar e o benefício de saúde física se transformou em uma plataforma de bem-estar. O resultado dessa jornada já contamos ali no início. E um parceiro muito próximo durante todo o processo foi o RH.
No episódio da semana do RH Pra Você Cast, Priscila Siqueira, líder do Gympass no Brasil, contou um pouco sobre a sua carreira; o crescimento da empresa; a relação com o RH e a importância de ser (e promover) uma liderança feminina. Acompanhe pelo player acima ou acesse seu streaming favorito.
Sai pra lá, escritório
Motivar os empregados da Amazon a retornarem ao trabalho presencial não será tarefa fácil para Andy Jassy, CEO da gigante do varejo. Após o executivo determinar que, a partir de maio, os colaboradores deverão trabalhar de forma híbrida – três dias na empresa –, cinco mil funcionários se juntaram para criar uma petição que defende que eles podem escolher de onde querem trabalhar.
O documento traz dados que indicam a diversidade de opiniões sobre qual modelo de trabalho é o mais desejado. Enquanto 93% manifestaram ter maior foco e concentração ao trabalhar de casa, 31% disseram que gostariam de ir ao escritório de um a dois dias por semana. Até a última terça-feira (21), 14 mil pessoas haviam aderido ao movimento.
Salários estagnados
A recente – e interminável – onda de demissões das empresas de tecnologia vem impactando, também, a remuneração dos profissionais da área de dados. Após um crescimento salarial de 40% entre 2019 e 2022, os salários dos colaboradores brasileiros do setor estagnaram. O aumento mais recente foi de, em média, 4%, abaixo da inflação oficial do período (5,79% em 2022).
Os dados são da consultoria Bain & Company em parceria com o Data Hackers. De acordo com o IBGE, profissionais de TI ganham, em média, R$ 12.147 no Brasil, valor quase cinco vezes superior à média nacional.
Sem dancinha
Mais do que uma plataforma de dancinhas e vídeos, digamos, peculiares, o TikTok também tem o seu impacto no trabalho. Diversas empresas utilizam a rede social para recrutar candidatos e também para promover ações de engajamento. Todavia, em alguns lugares o olhar para a ferramenta não é dos mais positivos.
A Comissão Europeia decidiu suspender o uso do aplicativo nos celulares de seus empregados. Thierry Breton, chefe da indústria da UE, alega que o banimento do TikTok foi motivado por questões de segurança digital, para que o órgão seja protegido contra eventuais ameaças.
VA popular
Dados da pesquisa VR-Locomotiva mostram que o vale-alimentação segue como benefício mais popular entre os trabalhadores. O benefício, que possibilita o acesso a uma alimentação de qualidade, é recebido por 72% dos colaboradores, enquanto 45% apontam ter o vale-refeição e 31% o vale-transporte.
Comparado aos anos anteriores, o levantamento indica um recuo na porcentagem dos trabalhadores que possuem vale-refeição, (2022: 45% x 2021: 49% x 2020: 47%) e aumento dos que recebem o vale-transporte (2022: 31% x 2021: 28% x 2020: 32%). O avanço pode ser explicado pela retomada dos colaboradores em seus trabalhos presenciais. Quando questionados sobre a relevância dos benefícios, mais de 9 em cada 10 trabalhadores ouvidos consideram muito importante o oferecimento deles pelas empresas.